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Brasil

O Brasil é o país com a maior diversidade biológica do planeta e o sexto mais populoso. De seus 212 milhões de habitantes, 87% residem em áreas urbanas. UrbanShift suporta três cidades no Brasil: Belém, Florianópolis e Teresina.

O projeto UrbanShift no Brasil é implementado pelo PNUMA e executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio do projeto CITinova II, em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e PNUMA Brasil. 

O maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo por área, o Brasil abriga mais de 60% da floresta tropical amazônica. Também abriga outros cinco biomas naturais importantes - Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, contribuindo para a biodiversidade sem paralelo do país. 

Os biomas brasileiros fornecem serviços ambientais vitais dos quais a economia brasileira depende fortemente; eles também servem para moderar as condições ambientais, mitigando secas e enchentes e protegendo os solos da erosão. O país possui mais de 1.600 áreas protegidas, que representam 16% de seu território continental e 0,5% do habitat marinho. 

O Brasil fez progressos econômicos e sociais surpreendentes entre 2003 e 2014, tirando 29 milhões de pessoas da pobreza. No entanto, a crise financeira que assolou o país nos anos seguintes, bem como a devastação causada pela pandemia COVID-19, afetou profundamente as populações de baixa renda e vulneráveis, revertendo alguns dos sucessos anteriores. 

Mapa do Brasil

O DESAFIO  

Desde o início dos anos 70, o Brasil se consolidou como um país urbano, impulsionado em grande parte por migrantes rurais em busca de emprego e oportunidades em centros urbanos de rápido crescimento. Atualmente, quase 87% da população reside em áreas urbanas, que representam apenas 0,31% do território nacional. 

Esta expansão urbana sem precedentes contribuiu para uma série de problemas urgentes nas cidades brasileiras: por exemplo, 42% dos residentes urbanos não têm acesso a instalações sanitárias e de esgoto adequadas, levando à contaminação dos corpos de água e ao aumento de doenças transmitidas pela água. O Brasil também tem uma das maiores taxas de motorização da região, o que tem causado um sério declínio na qualidade do ar urbano. Em todo o país, estima-se que quase 50.000 mortes por ano podem ser atribuídas à poluição do ar e às emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

Além disso, o país está perdendo a floresta tropical primária na Amazônia a um ritmo alarmante, principalmente devido à exploração ilegal e insustentável da floresta. O crescimento horizontal das cidades amazônicas também está exercendo pressão sobre as áreas verdes vizinhas. Isto ameaça não apenas o clima local, mas também global, e as metrópoles brasileiras já estão lutando com as conseqüências - elevação do nível do mar, tempestades torrenciais, ondas de calor mais intensas e freqüentes e incêndios florestais.

INTERVENÇÃO DO URBANSHIFT 

O objetivo do projeto é apoiar as regiões metropolitanas brasileiras a reduzir as emissões de GEE, conservar a biodiversidade, reforçar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todos os residentes. Pretendemos alcançar este objetivo através da promoção do planejamento metropolitano integrado e dos investimentos em tecnologia urbana, por exemplo, através do SIS+ (Sistema de Inovações e Soluções para o Planejamento Urbano Sustentável). A plataforma SIS+ fornecerá aos profissionais urbanos dados geoespaciais e técnicos para ajudar a projetar soluções urbanas integradas e sustentáveis; também ajudará os governos locais a identificar soluções inovadoras e recursos financeiros para implementar projetos urbanos. Você pode encontrar exemplos específicos das intervenções locais abaixo.

Belém, Brasil
Belém, Brasil. Daniel Zanini H / Flickr.

REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM 

Localizada no extremo norte da floresta amazônica ao longo da costa atlântica, a Região Metropolitana de Belém (Belém MR) é a 11ª maior área urbana do país e um dos principais centros econômicos da Amazônia brasileira. 

Composta por sete municípios, Belém é considerada a porta de entrada para a Amazônia. A cidade testemunhou um forte aumento da população nos anos 60-70, após a construção da BR 316, que ligava Belém à capital, Brasília. Hoje, Belém continua a crescer, alimentada pelos setores de mineração, energia e agricultura locais. Este rápido crescimento, aliado a um planejamento urbano insuficiente, resultou em uma degradação significativa da floresta tropical circundante, apesar do alto grau de proteção ambiental de que a região desfruta. 

Belém receberá apoio do UrbanShift para co-criar e testar soluções de baixa emissão na Avenida Almirante Barroso e desenvolver uma estratégia para um "Centro Municipal de Belém de Baixa Emissão" . Também trabalharemos para melhorar as práticas agroflorestais sustentáveis na Ilha de Combú, melhorando as opções de subsistência para as comunidades locais.  

REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS 

A Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Florianópolis MR) é composta por nove municípios e está localizada no litoral do sudeste do Brasil, dentro da Mata Atlântica. 

Com uma população de 1,2 milhões de habitantes, Florianópolis é um dos centros econômicos que mais cresce no Brasil, impulsionado pela indústria local, um setor de serviços especializados e a forte presença de universidades, incubadoras e think tanks. 

A Ilha de Santa Catarina, onde está situada a cidade de Florianópolis, é também um importante destino turístico. Entretanto, o relevo acidentado da área, dominado pela Serra do Tabuleiro, limita a quantidade de terrenos disponíveis para desenvolvimento futuro, empurrando o crescimento urbano para áreas baixas e para o litoral.  

UrbanShift apoiará Florianópolis a fortalecer o planejamento integrado através do desenvolvimento do macrozoneamento sócio-ambiental e do piloto de um bairro de baixa emissão no distrito de Capoeiras. Também iniciaremos projetos de investimento na Reserva Extrativista Marinha de Pirajubae e na Estação Ecológica de Carijós, demonstrando metodologias que medem a saúde das áreas protegidas urbanas e promovem a conservação baseada na comunidade.  

REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE TERESINA 

Localizada em uma das regiões mais pobres e quentes do Brasil, a Região de Desenvolvimento Integrado da Grande Teresina (RIDE) é composta por 15 municípios que atravessam dois estados federais, Maranhão e Piauí. Estes dois estados têm o menor PIB per capita do país, correspondendo a apenas 2,1% do PIB nacional, enquanto 37% dos residentes de Teresina vivem abaixo da linha de pobreza.  

O aumento da população na RIDE - composta principalmente de migrantes das áreas rurais vizinhas - combinado com a baixa renda municipal e a limitada capacidade municipal, as dificuldades de administrar uma aglomeração em dois estados federais e o clima quente e rigoroso, criaram uma série sobreposta de problemas para a região. Estes desafios incluem a poluição do ar, da água e do solo, a expansão urbana e o uso crescente de veículos particulares em relação ao transporte público. 

A RIDE receberá apoio do UrbanShift para viabilizar processos de governança e gestão intermunicipal sensíveis ao gênero para a região, bem como soluções-piloto para um bloco de baixa emissão no centro de Teresina. 

ORÇAMENTO DO PROJETO 

  • GEF Subsídio: $12,5 milhões
  • Co-financiamento: $185 milhões